quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Ela é que usava coleira. Mas ele é que cozinhava para ela, ele é que lhe levava o pequeno-almoço à cama, ele é que lhe dedicava serenatas, ele é que lhe passava a roupa, ele é que levava as crianças ao infantário, ele é que ia supermercado, ele é que lhe oferecia flores, poemas e chocolates, ele é que lhe preenchia o IRS, ele é que ficava triste quando ela não lhe mandava SMS's com palavras de amor.

6 comentários:

Renata Correia Botelho disse...

Ai, Nuno... Bom início, sim senhor... Mas, e agora???

Unknown disse...

e ela quando não era passeada enroscava-se no sofá e ronronava-lhe as cartas que fãs de todo o mundo lhes enviavam?
As encomendas com as novas coleiras, ofertas de outros fãs, era ele que as abria quando já ela dormitava.

Mário disse...

Tem quem uhnas goca titarra

Maria das Mercês disse...

Bem, adorei o texto e a ideia: quem é o escravo e quem é o senhor? E usar coleira não será uma forma de restringir o outro? O link para o "Telegraph" é excelente. Renata, dá largas ao teu lado sado-masoq...

leonor disse...

Curto e rico. Este é daqueles textos que prescindem de continuação e de epílogo. Está tudo dito.
Renata, que desafio!
Eu faria algo... insólito...

Anónimo disse...

Atrever-me-ia a dizer que os comentários são assaz interessantes..."Renata, dá largas ao teu lado sado-masoq....!!!"

Pena que as personas não falem assim.