quatro, todas na mesma condição. Ela veio comigo… como poderia ter vindo qualquer outra. Eu sou um bom profissional. Tenho mulher dois filhos uma vida encantadora com tudo o que qualquer homem poderia ambicionar. No entanto, não pude deixar de o fazer. O seu perfil não mo permitiu. Feriu-me de um golpe mortal, que raio de expressão mais infeliz, mas foi isso. Acometeu-se-me uma dor como jamais tinha sentido, os músculos dilataram e o coração disparou. Quero agarrar-te, amar-te, salvar-te, ajudar-te. Queria não ter visto! Queria não ter vindo! Queria não ter saído no apeadeiro!, pensei. A desolação ao redor era para um dos últimos “yuppies”, uma comoção menor, uma lágrima de crocodilo. Mas a sombra das costelas, o vermelho dos lábios, a maceração por todo... arrepio-me. Estava a pensar nela, mas a pensar na minha mulher nos meus filhos. E, em como sair daquela situação. Eu, que em pequeno nunca jogava a avançado, não batia mas pregava rasteiras, tinha sido agora rasteirado sem piedade e não sabia se me levantava. Hoje ainda tenho dúvidas…enfim. Eu, que sempre tive a roupa no lugar certo e a cheirar a malva, estava, então, naquele fim de mundo, que dois dias antes fora apenas o local do meu último trabalho como exactor para O. LEX., a arrumar roupa a uma ….apenas uma de quatro. Já não estou ali mas nunca deixei de arrumar aquela roupa. Ainda hoje a vejo. Estendida na cama …. pela cadeira, um robe de cetim que uma vez vestira e uma vez despira. Não a esqueço. Acabava de a arrumar e quando fechava a última mala …
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4 comentários:
opáh! ninguém comenta o meu texto assim uma pessoa não consegue evoluir páh! bolas páh!
Veijos e Avraços
ric
Eu comento! Eu! Olha pra mim a comentar! Gostei... está a ficar perigoso!
De facto, parece-me que algumas personagens começam a correr perigo de vida...
Gostei bastante! Escreves muito fixe opáh!
;o)
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